PAINÉIS
(71) interferências
O projeto ÀS VEZES PRA ACESSAR A TERRA PRECISAMOS CAIR constrói rituais imagéticos (e energéticos) para adentrar o por vir a partir de um olhar crítico à historicidade colonial e ao trânsito de corpos não hegemônicos pela cidade. Sendo a interferência um “fenômeno que consiste na interação de movimentos ondulatórios (coletivos) com as mesmas frequência e amplitude e que mantêm entre si uma determinada diferença de fase, de tal modo que as oscilações de cada um deles se adicionam”, tem-se como objetivo formar uma onda resultante. Através da construção de fotoperformances e intervenções semióticas que incluam símbolos/objetos oriundos de populações afrodiaspóricas e ameríndias, a ideia é visitar o processo de cura que corpos racializados constroem cotidianamente – a partir de signos de poder ancestrais e contemporâneos. Paramentar-se para se proteger e conectar.
Técnica: Fotoperformance
Ano: 2019
ARTISTAS
LARYSSA MACHADA
BIO
Nascida em Porto Alegre (RS), Laryssa Machada estudou Jornalismo, Ciências Sociais e cursa Bacharelado Interdisciplinar em Artes com ênfase em cinema na UFBA. Atualmente vive na Bahia, é artista visual, fotógrafa e filmmaker. Em 2014, produziu material documental de indígenas, quilombolas, pescadores e trabalhadores do campo no Rio Grande do Sul, que resultou em minidocumentários e uma mostra fotográfica. Entre seus trabalhos está o documentário “Somos Rio”, que retrata a luta do povo Munduruku contra as hidrelétricas no Pará; o longa-metragem “Jaçanã Pahab Joopek”, registro biográfico da pajé e parteira de Aldeia Velha (BA); o curta-metragem “Invazão Brazil” e o “Projeto Memória Viva”, pela ONG Thydewá, no qual percorreu aldeias do nordeste brasileiro com oficinas de audiovisual para jovens indígenas.