PAINÉIS
Dona Lurdes, em memória
Visualizar futuros é também poder pensar nas pessoas e suas histórias sem reduzi-las. O retrato de ‘Dona Lurdes, em memória’ fala sobre a beleza (estética e política) dos povos/pessoas de comunidade tradicionais. Povos que muitas vezes tem a sua imagem estereotipada, suas vidas e histórias reduzidas à uma única versão das suas existências. Lurdes e sua família vivem no sertão pernambucano, lutam para conviver com o semiárido, com a seca, com a estiagem, mas isso não é tudo. Há em Lurdes complexidades e densidades. Imagino que é assim que ela quer que a gente lembre dela – em memória à Dona Lurdes.
Técnica: Fotografia Digital
Ano: 2021
ARTISTAS
ANA MENDES
BIO
Nascida em Porto Alegre (RS), Ana Mendes é documentarista e mestre em ciências sociais pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Atua como fotojornalista multimídia para os principais veículos da mídia independente brasileira como Repórter Brasil, Amazônia Real, Agência Pública e The Intercept Brasil. Já publicou na National Geographic Brasil, no GK (Equador), Neus Deutschland (Alemanha) e no Washington Post (EUA). Em 2019, o ensaio Pseudo Indígenas, no qual Ana faz intervenções em tinta, nanquim e carvão em imagens dos povos Guarani-Kaiowá e Akroá-Gamella, vencedor do Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger. Neste ano, o mesmo ensaio venceu o programa “Um olhar sobre o Brasil”, no festival Les Recontres d’Arles, na França. O ensaio será exposto no PhotoDoc, no Paris Photo. Ana faz parte do “Imagens Humanas”, um projeto de J.R Ripper.